Em cenários otimistas, o consumidor pode pensar melhor
para fazer escolhas conscientes com base na transparência
das empresas e qualidade dos produtos.
Após o impacto inicial em março, com lançamentos adiados e queda nas vendas, muitas notícias mostram que o mercado imobiliário já se recupera em 2020. Há um otimismo no setor. Dados do Ipea apontam que a construção civil passou a operar no maior nível desde dezembro de 2017, impulsionada principalmente por obras residenciais. A pesquisa mais recente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP) mostrou que as vendas de residências na capital paulista em agosto já ultrapassaram os níveis vistos antes da pandemia, uma verdadeira recuperação em “V”.
Mas, sem dúvida, o principal impulsionador desta recuperação é a redução das taxas de juros. Juros abaixo da inflação incentivam a busca de novas opções de investimentos. Com a Selic a 2% ao ano, menor patamar da história, a rentabilidade das aplicações mais conservadoras não é a mesma, o que acaba tornando a compra de imóveis mais atrativa do que deixar o dinheiro em renda fixa atrelada ao CDI.
Este cenário também cria uma oferta significativa de crédito à disposição tanto para pessoa física como para as incorporadoras e construtoras. O juro do crédito imobiliário está em torno de 6% ano, quase metade do que se via há três anos. É de interesse dos bancos emprestar o dinheiro agora e garantir maior ganho nesses contratos de longo prazo. Apesar da crise econômica, os financiamentos de imóveis feitos com recursos da poupança cresceram quase 30% no primeiro semestre de 2020, e 75% em agosto em relação a agosto do ano passado. O custo menor do crédito deu a mais brasileiros a capacidade de financiamento. E isto certamente impactará outros setores da economia também.
“Quando você compra um imóvel, você compra financiado em um prazo muito longo. Então, basicamente, o você está comprando é crédito. E quando você compra crédito, a taxa de juros tem uma influência enorme”, avalia o economista Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV.
Os efeitos também podem ser vistos na evolução positiva dos preços dos imóveis residenciais. Segundo o Índice Fipe-Zap, o preço de venda dos imóveis aumentou 0,53% em setembro – maior índice para o mês desde 2014. Entre janeiro e setembro, os preços avançaram 2,82% em São Paulo. Segundo o Secovi-SP, o indicador mais expressivo foi o do aumento do número de unidades lançadas, para 54,9 mil unidades em 12 meses, mostrando a confiança das incorporadoras no futuro. No Brasil, o fato de um bem imóvel ser considerado um ativo de segurança pode estimular ainda mais as vendas. Ao contrário de um carro, que começa a perder valor logo após a compra, os imóveis têm potencial de valorização.
Vale destacar ainda o movimento de valorização do imóvel residencial. Com mais tempo em casa, as pessoas agora buscam mais espaço, conforto, áreas verdes, serviços e praticidade. O sonho da casa própria vai muito além de um “canto para morar”. O conceito de lar está mais do que nunca ligado à qualidade de vida, à qualidade do imóvel.
Estas boas notícias acontecem em um cenário de altas taxas de desemprego e muitas incertezas ainda. Mas, prevendo a recuperação da economia, certamente as notícias serão ainda melhores para o mercado imobiliário, com mais lançamentos, mais procura por crédito e maior valorização dos imóveis. Movimento semelhante aconteceu em outros países que fizeram reduções significativas das taxas de juros e maior oferta de crédito.
O panorama promissor se configura em boas oportunidades para quem quer investir no setor imobiliário. Tanto consumidores finais como investidores, têm muitas condições a seu favor para decidir qual empreendimento atende melhor a suas demandas e desejos. Entre essas condições estão: grande variedade de perfis de produtos, muitas modalidades de soluções financeiras, agilidade em processos cada vez mais digitais, ferramentas para se informar sobre a reputação das empresas e, principalmente, tempo para refletir antes de escolher. Pressionar não é mais uma postura admirável. Pelo contrário: quem mantém essa prática viciosa e nociva, será “cancelado”.
Viva o relacionamento que esclarece, apoia e conquista!
Vamos conversar?